The end

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Informo a todos os 5 leitores desse blog que vou deixar de atualiza-lo. Esse negócio surgiu como uma meio de divulgação de um show que não aconteceu em novembro do ano passado. Se você não desconfia porque o dito cujo não aconteceu, verifique aqui.

Era um projeto de shows aqui na minha terra. Queríamos organizar um calendário e tal. Acontece que a idéia mudou, o projeto mudou, o formato mudou. De "show" passamos para "sarau". Ampliamos pra outras manifestações de arte (poesia, pintura, fotografia...). Lugarzinho menor, mais aconchegante, mas 'relacional'. E mudamos o nome.

Todo o conteúdo desse blog foi jogado dentro de um novo - www.saraufacamolada.blogspot.com. Então resolvi abandonar esse e tocar o outro.

O objetivo do novo blog continua o mesmo - divulgar música/arte/poesia cristã, especialmente se o artista nem souber que sua arte é cristã. Porque, afinal de contas, a mensagem não tem dono.

Então, mudem aí nos seus favoritos ou feeds ou sei lá o que. O quente agora é:
www.saraufacamolada.blogspot.com

Valeu gente. E desculpe a confusão.

Água no deserto

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CD novo do Gladir Cabral, na linha que ele trabalha com maestria: lidar com poesia, com temas do cotidiano, refletir sobre a realidade social e também sobre a dimensão espiritual da vida.

No site do autor, uma amostra do disco na bela música 'Passarinho'.

"Não se deve temer o cotidiano, não se deve esquecer a realidade da nossa vida. É ali que se encontram a dracma perdida, o samaritano, os pescadores da Galiléia, o casamento em Caná, o publicano Zaqueu, as parábolas de Jesus, os sonhos de Jacó. É no chão batido do dia a dia que Jesus escreve na areia e a multidão fica perplexa. É ali que o Mestre pede água junto ao poço. É ali que Marta lava louça enquanto Maria fica aos pés de Jesus."
Gladir.

Pau, pedra e lama

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A noção de felicidade que nos norteia é o mais descarado atalho à frustração e ao estresse. Confundimos felicidade com emoções intensas. Tiramos não sei de onde a idéia de que, para ser feliz, é preciso curtir a vida ao máximo. E, loucura, entendemos que para isso precisamos de muito dinheiro, de viagens, de conforto, luxo, festas, sexo instenso e constante, loucas aventuras. Vivemos com a ilusão de que a vida só vale mesmo a pena quando inundada dessa felicidade. E corremos feito bobos atrás dela.

A noção de felicidade defendida nas palavras e exemplos daquele que veio a ser conhecido como Filho de Deus (mas que gostava mesmo é de ser chamado Filho do Homem) é estranhamente inversa à esse conceito popular.

Para ele, feliz é quem sabe que é espiritualmente pobre, quem chora, quem é humilde, quem tem misericórdia dos outros e um coração puro, quem trabalha pela paz e que, por conta de tudo isso, sofre perseguições. Esse é quem vai desfrutar daquilo que chamamos Reino do Céu - seja lá o que isso for. É para esse que ele promete vida e vida plena, vida de verdade.

A felicidade, portanto, está na forma como encaramos a vida tal como ela é, no exato instante em que ela acontece. Ela não estará jamais na projeção de um futuro melhor, nas expectativas de promoções, de viajens, de aposentadoria, ou seja lá do que for. Nem em um ponto nostálgico do passado.

Felicidade, como cantou o poeta, é um caco de vidro, é a vida, é o sol, é a noite, é a morte, é um laço, é o anzol, é o tombo da ribanceira, o mistério profundo, o projeto da casa, é o corpo na cama, o carro enguiçado... é a lama, é a lama!

Essa é 'a promessa de vida no teu coração'.


Eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente.
João 10.10

Inspirado em dica do Rafael Porto, do Alforria.




Águas de Março
Tom Jobim

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, um pouco sozinho
É um caco de vidro, é a vida, é o sol
É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol

É peroba do campo, é o nó da madeira
Caingá, candeia, é o MatitaPereira
É madeira de vento, tombo da ribanceira
É o mistério profundo, é o queira ou não queira

É o vento ventando, é o fim da ladeira

É a viga, é o vão, festa da cumeeira
É a chuva chovendo, é conversa ribeira
Das águas de março, é o fim da canseira

É o pé, é o chão, é a marcha estradeira
Passarinho na mão, pedra de atiradeira
É uma ave no céu, é uma ave no chão
É um regato, é uma fonte, é um pedaço de pão

É o fundo do poço, é o fim do caminho
No rosto o desgosto, é um pouco sozinho
É um estrepe, é um prego, é uma ponta, é um ponto
É um pingo pingando, é uma conta, é um conto

É um peixe, é um gesto, é uma prata brilhando
É a luz da manhã, é o tijolo chegando
É a lenha, é o dia, é o fim da picada
É a garrafa de cana, o estilhaço na estrada

É o projeto da casa, é o corpo na cama
É o carro enguiçado, é a lama, é a lama
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um resto de mato, na luz da manhã

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração

É uma cobra, é um pau, é João, é José
É um espinho na mão, é um corte no pé

São as águas de março fechando o verão,
É a promessa de vida no teu coração

É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um pouco sozinho
É um passo, é uma ponte, é um sapo, é uma rã
É um belo horizonte, é uma febre terçã

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração
pau, pedra, fim, caminho
resto, toco, pouco, sozinho
caco, vidro, vida, sol, noite, morte, laço, anzol

São as águas de março fechando o verão
É a promessa de vida no teu coração.

Pero no cambia mi amor

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Mas o meu amor não muda
Por mais longe que me encontre
Nem a memória nem a dor
De meu povo e minha gente

O que mudou ontem
Terá que mudar amanhã
Assim como eu mudo
Nessa terra distante






Todo Cambia
Julio Numhauser
na voz de Mercedes Sosa


Cambia lo superficial
cambia también lo profundo
cambia el modo de pensar
cambia todo en este mundo

Cambia el clima con los años
cambia el pastor su rebaño
y así como todo cambia
que yo cambie no es extraño

Cambia el mas fino brillante
de mano en mano su brillo
cambia el nido el pajarillo
cambia el sentir un amante

Cambia el rumbo el caminante
aunque esto le cause daño
y así como todo cambia
que yo cambie no extraño

Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia

Cambia el sol en su carrera
cuando la noche subsiste
cambia la planta y se viste
de verde en la primavera

Cambia el pelaje la fiera
Cambia el cabello el anciano
y así como todo cambia
que yo cambie no es extraño

Pero no cambia mi amor
por mas lejos que me encuentre
ni el recuerdo ni el dolor
de mi pueblo y de mi gente

Lo que cambió ayer
tendrá que cambiar mañana
así como cambio yo
en esta tierra lejana

Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia
Cambia todo cambia

Pero no cambia mi amor...

Vilarejo

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Um vislumbre do céu que, como nas visões de João, desce até nós e cresce no chão da terra, entre nós. Paraíso simples e real. Paraíso que é pura poesia. Paraíso que nós abandonamos quando nos fiamos no sonho de voar entre anjos e harpas ao invés de nos tornamos humanos como Jesus se tornou e transformarmos o mundo como ele transformou, para que "venha a nós o Seu Reino".




Vilarejo
Marisa Monte

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda, quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão

Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão
Terra de heróis, lares de mãe
Paraiso se mudou para lá

Por cima das casas, cal
Frutas em qualquer quintal
Peitos fartos, filhos fortes
Sonho semeando o mundo real

Toda gente cabe lá
Palestina, Shangri-lá
Vem andar e voa
Vem andar e voa
Vem andar e voa

Lá o tempo espera
Lá é primavera
Portas e janelas ficam sempre abertas
Pra sorte entrar

Em todas as mesas, pão
Flores enfeitando
Os caminhos, os vestidos, os destinos
E essa canção

Tem um verdadeiro amor
Para quando você for

Abertura do culto

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Imagina começar um culto assim.


Se não conseguir ouvir a música, clique aqui.

Um alegre convite a participar da festa entre irmãos. A casa é grande, cabe todo mundo e somos todos um. A unidade vai nascer. E, por sermos um em amor, somos luz. O brilho das pessoas é muito maior e ilumina as manhãs (ochoro pode durar a noite inteira mas a alegria vem pela manhã...). E nada de sacanagem, nada de melar a festa, que ela tá só começando!

O Homem Falou
Maria Rita
Composição: Gonzaguinha

Pode chegar
Que a festa vai
É começar agora
E é prá chegar quem quiser
Deixe a tristeza prá lá
E traga o seu coração
Sua presença de irmão
Nós precisamos
De você nesse cordão...

Pode chegar
Que a casa é grande
E é toda nossa
Vamos limpar o salão
Para um desfile melhor
Vamos cuidar da harmonia
Da nossa evolução
Da unidade vai nascer
A nova idade
Da unidade vai nascer
A novidade...

E é prá chegar
Sabendo que a gente tem
O sol na mão
E o brilho das pessoas
É bem maior
Irá iluminar nossas manhãs
Vamos levar o samba com união
No pique de uma escola campeã...

Não vamos deixar
Ninguém atrapalhar
A nossa passagem
Não vamos deixar ninguém
Chegar com sacanagem
Vambora que a hora é essa
E vamos ganhar
Não vamos deixar
Uns e outros melar...

Oô eô eá!
E a festa vai apenas
Começar
Oô eô eá!
Não vamos deixar
Ninguém dispersar
(O Homem Falou)...(final 2x)

O samba de Jesus

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Quando a mulher jogou-se ao chão, enquanto chorava e lhe lavava os pés com lágrimas, ele inclinou-se para ela e, docemente, fazendo jorrar dos olhos e da voz amor e compaixão enebriantes, cantou as duas primeiras estrofes dessa canção.

O meu samba vai curar teu abandono
O meu samba vai te acordar do sono
Meu samba não quer ver você tão triste
Meu samba vai curar a dor que existe
Meu samba vai fazer ela dançar
É o samba certo pra você cantar

O meu samba é de vida e não de morte
Meu samba vem pra cá e traz a sorte
E celebra tudo o que é bonito
Meu samba não despreza o esquisito
Meu Samba vai tocar no infinito
Meu Samba é de bossa e não de grito

Dias depois, quando estava prestes a partir, reuniu em um dos morros da cidade os bambas de verdade que o seguiram aos trancos e barrancos nos últimos anos e cantou para eles a estrofe final.

Meu Samba, defendi com alegria
Deixe que a noite vadia
Vai saber lhe coroar
Deixo entregue aos bambas de verdade
Que estão nos morros da cidade
Peço a benção pra passar
Deixo entregue aos bambas de verdade

Que estão nos morros da cidade
Peço a benção pra passar



Samba Meu
Composição de Rodrigo Bittencourt na voz de Maria Rita.

Encontros e despedidas

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Não consigo ouvir essa música sem deixar de pensar no meu ideal de encontro fraterno entre irmãos de fé, entre gente que se dispõe a seguir Jesus, entre gente que quer crescer na fé e na graça, sem montar todo um esquema que torne tudo um hábito ou uma obrigação.

Portas abertas para o encontro espontâneo entre quem vem e vai, fica e sai, volta ou não. Assim é a vida.


Encontros e Despedidas
Maria Rita

Composição: M. Nascimento E F. Brant

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero

Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir

São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também de despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida

Crombie

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Do Pava para o Alforria e de lá, só alegria. 6 músicas do Crombie liberadas pelo grupo devidamente baixadas. Ouço enquanto escrevo. Vale a pena conhecer a banda. No Alforria tem o link pro download e ainda tem uma entrevista com os caras.

Algumas letras estão aqui.

Pra comprar o CD, com encarte, letras e tudo de bom, peça pelo email.

Menino

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Não! Não posso, não devo, não quero viver como toda essa gente insiste em viver. Não! Não posso aceitar sossegado toda essa sacanagem, toda essa injustiça, toda essa miséria. Não dá para engolir tanta safadeza, tanta cara de pau. Não! Não dá para aceitar o egoismo e o cinismo que cresce dentro de mim e de cada um e nos devora a todos.

Ah! menino que habita em mim, que se esconde num canto de minhalma. Assobia, sussurra, canta, grita, chora. Me estende a mão. Me mostra o calor do sol no meio dessa gélida escuridão. Me fala de amizade, respeito, caráter. Me faz crer na bondade. Me enche de alegria. Inunda-me de amor. Sim! Me faz levantar e correr e dançar transbordando esperança e graça.

Contagia a mim para que eu possa contagiar a outros.


"Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem
como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus." Mateus 18:3






Bola de Meia, Bola de Gude

Milton Nascimento

Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto balança
Ele vem pra me dar a mão

Há um passado no meu presente
Um sol bem quente lá no meu quintal
Toda vez que a bruxa me assombra
O menino me dá a mão

E me fala de coisas bonitas
Que eu acredito
Que não deixarão de existir
Amizade, palavra, respeito
Caráter, bondade, alegria e amor

Pois não posso, não devo, não quero
Viver como toda essa gente
Insiste em viver
E não posso aceitar sossegado
Qualquer sacanagem ser coisa normal

Bola de meia, bola de gude
O solidário não quer solidão
Toda vez que a tristeza me alcança
O menino me dá a mão

Há um menino
Há um moleque
Morando sempre no meu coração
Toda vez que o adulto fraqueja
Ele vem pra me dar a mão

O choro de Adão

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Surrupiado do blog do Marcos Botelho

Após a queda, Deus promete para Adão e Eva que Seu filho virá e pisará na cabeça da serpente. Adão vira para a serpente e desabafa: “Amanhã vai ser outro dia”.



Hoje você é quem manda, falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda falando de lado e olhando pro chão. Viu?
Você que inventou esse Estado, inventou de inventar toda escuridão
Você que inventou o pecado, esqueceu-se de inventar o perdão.

Apesar de você amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder da enorme euforia?
Como vai proibir quando o galo insistir em cantar?
Água nova brotando e a gente se amando sem parar.

Quando chegar o momento esse meu sofrimento, vou cobrar com juros. Juro!
Todo esse amor reprimido, esse grito contido, esse samba no escuro.

Você que inventou a tristeza, ora tenha a fineza de “desinventar”.
Você vai pagar, e é dobrado, cada lágrima rolada nesse meu penar.

Apesar de você amanhã há de ser outro dia.
Ainda pago pra ver o jardim florescer qual você não queria.

Você vai se amargar vendo o dia raiar sem lhe pedir licença.

E eu vou morrer de rir e esse dia há de vir antes do que você pensa.
Apesar de você

Apesar de você amanhã há de ser outro dia.
Você vai ter que ver a manhã renascer e esbanjar poesia.

Como vai se explicar vendo o céu clarear, de repente, impunemente?
Como vai abafar nosso coro a cantar, na sua frente.
Apesar de você

Apesar de você amanhã há de ser outro dia.
Você vai se dar mal, etc e tal...

Apesar de você
Chico Buarque
(alusão negativa ao presidente Emílio Garrastazu Médici)

Se o bem ou mal existem

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É preciso saber viver
Arranjo vocal de Fábio Sampaio
Música de Roberto e Erasmo Carlos




Quem espera que a vida
Seja feita de ilusão
Pode até ficar maluco
Ou morrer na solidão
É preciso ter cuidado
Pra mais tarde não sofrer
É preciso saber viver

Toda pedra do caminho
Você pode retirar
Numa flor que tem espinhos
Você pode se arranhar
Se o bem e o mal existem
Você pode escolher
É preciso saber viver

É preciso saber viver
É preciso saber viver
É preciso saber viver
Saber viver, saber viver!

Caminhando é que se faz o caminho

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Enquanto houver sol
Composição: Sérgio Britto



Quando não houver saída
Quando não houver mais solução
Ainda há de haver saída
Nenhuma idéia vale uma vida
Quando não houver esperança
Quando não restar nem ilusão
Ainda há de haver esperança
Em cada um de nós, algo de uma criança

Enquanto houver sol, enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol, enquanto houver sol

Quando não houver caminho
Mesmo sem amor, sem direção
A sós ninguém está sozinho
É caminhando que se faz o caminho
Quando não houver desejo
Quando não restar nem mesmo dor
Ainda há de haver desejo
Em cada um de nós, aonde deus colocou

Enquanto houver sol, enquanto houver sol
Ainda haverá
Enquanto houver sol, enquanto houver sol